quinta-feira, 24 de julho de 2014

AGOSTO, MÊS DAS VOCAÇÕES 2



Falamos e ouvimos muito sobre vocação. 
Quando dizemos que alguém tem vocação, afinal o que queremos dizer? 
A palavra vocação vem do verbo no latim "vocare"(chama?). 

Assim vocação significa chamado.
É, pois, um chamado de Deus. 
Se há alguém que chama, deve haver outro que escuta e responde.

A vida de todo ser humano é um dom de Deus."Somos obra de Deus, criados em Cristo Jesus" (Ef 2,10). Existimos, vivemos, pensamos, amamos, nos alegramos, sofremos, nos relacionamos, conquistamos nossa liberdade diante do mundo que nos cerca e diante de nós mesmos. Não somos uma existência lançada ao absurdo. Somos criaturas de Deus.Não existe homem que não seja convidado ou chamado por Deus a viver na liberdade, que possa conviver, servir a Deus através do relacionamento fraternal com os outros.

Você é uma vocação. 

Você é um chamado.
Encontramos na Bíblia muitos chamados feitos por Deus: Abraão, Moisés, os profetas... Em todas as escolhas, encontramos:Deus chama diretamente, pela mediação de fatos e acontecimentos, ou pelas pessoas. Deus toma a Iniciativa de chamar.

Escolhe livremente e permite total liberdade de resposta.Deus chama em vista de uma missão de serviço ao povo.Vocação é o encontro de duas liberdades:a de Deus que chama e a do Homem que responde!
Podemos fazer uma distinção entre os chamados: vocação à existência, vocação humana, vocação cristã e vocação específica, uma sobrepondo-se à outra.


Vocação à existência -À vida.Foi o primeiro momento forte em que Deus manifestou todo o seu amor a cada um de nós. Deus nos amou e nos quis
participantes de seu projeto de criação como coordenadores responsáveis por tudo o que existe. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. A vida é a grande vocação. Deus chama para a vida, e Jesus afirma que veio para que todos a tenham em abundância. (Jo 10,10) 

Vocação humana - Ser gente, ser pessoa-Foi nos dada a condição da "liberdade dos filhos de Deus", inteligência e vontade. Estabelecemos uma comunhão com o Criador e, nessa atitude dialogai, somos pessoas. A pessoa aprende a conviver, a dialogar, enfim, a se relacionar. Todos têm direitos e deveres recíprocos. Infelizmente, a obra-prima do Criador anda muito desprezada: enquanto uns têm condições e oportunidades, outros vivem na miséria, sem condições básicas para ressaltar a dignidade com que foram constituídos. No mundo da exclusão acontece a "desumanização"'e pode-se perder a condição de pessoa humana.

Vocação cristã - Vocação de filho, de batizado

Todo batizado recebeu a graça de fazer parte do povo eleito por Deus, de sua Igreja. Através da vocação cristã, somos chamados à santidade, vocação à perfeição, recebendo a mesma fé pela justiça de Deus. 

Fomos, portanto, eleitos e chamados pessoalmente por Cristo para ser, como cristãos, testemunhas e seguidores do Mestre Jesus. Chamados â fé pelo batismo, a pessoa humana foi qualificada de outra forma. Assim todos fazem parte do "reino de sacerdotes, profetas e reis".(1 Pd 2,9)
Toda pessoa batizada tornou-se um seguidor de Cristo, 


participante de uma comunidade de fé que pode ser chamada para participar da obra de Deus, como membro de sua Igreja, seguindo caminhos diferentes: Vocação laical 
(no matrimônio /no celibato / solteiro - apóstolo)
Assim todo cristão solteiro ou casado, batizado em Cristo, tornando-' se membro da sua Igreja, é convocado a ser apóstolo, anunciador do  Reino de Deus, exercendo funções temporais.


O leigo vive na secularidade e exerce sua missão insubstituível nos ofícios e trabalhos deste mundo. O Concilio Vaticano II sublinhou que a vocação e a missão do leigo "contribuem para a santificação do mundo, como fermento na \ massa'. (LG31) 
Vocação ao ministério ordenado (diácono, padre e bispo)
É uma vocação de carisma particular, é graça, mas passa pela mediação da Igreja particular, pois as vocações são destinadas à Igreja. Acontece num acompanhamento sistemático, amadurecendo as motivações reais da opção. 
O ministro ordenado preside e coordena os serviços da comunidade. Por intermédio dos sacramentos, celebra a presença de Deus no meio do seu povo. O presbítero é enviado a pastorear e animar a comunidade. Ele é o bom pastor que guia, alimenta, defende e conhece as ovelhas. "Isto exige humanidade, caráter íntegro e maduro, virtudes morais sólidas e personalidade madura". (OT 11) 
Vocação à vida consagrada (ser irmão religioso ou irmã religiosa / vida ativa ou contemplativa)
O religioso é chamado a testemunhar Cristo de uma maneira radical, vivendo uma consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência. Com a pobreza, vivem mais livres dos bens temporais, tornando-se disponíveis para Deus, para a Igreja e para os irmãos. Com a castidade, vivem o amor sem exclusividade, sendo sinal do mundo futuro que há de vir. 
Com a obediência, imitam a Cristo obediente e fiel à vontade do Pai. (Textos bíblicos:Mateus 25,14-30; João 14, 5 - 7.(Leia estes textos com calma, um de cada vez, procurando trazê-los para a sua vida). 
Precisamos distinguir bem vocação de profissão
pois não são exatamente a mesma coisa. 
Observe a distinção entre uma e outra:
Profissão 
  1. aptidão ou escolha pessoal para exercer um trabalho
  2. preocupação principal: o "ter", o sustento da vida
  3. é exercida em determinadas horas
  4. pode ser trocada
  5. tem aposentadoria
  6. tem remuneração
  7. quando não é exercida, falta o necessário para viver 
  8.  na profissão eu "faço". 
A profissão dignifica a pessoa quando é exercida com amor, espírito de serviço e responsabilidade. 
Vocação


1-chamado de Deus para uma missão, 
que se origina na pessoa como reação-aspiração do ser
2. preocupação exclusiva: "o ser" , o amor e o serviço
3. é para sempre
4. é vivida 24 horas por dia
5. não tem remuneração ou salário
6. não tem aposentadoria
7. vive da providência divina
8. Na vocação eu "vivo"

A vocação vivida na fidelidade e na alegria confere ao exercício da profissão uma beleza particular, é o caminho de santidade.


http://www.catequisar.com.br/texto/materia/especial/vocacao/04.htm

ATIVIDADES: AGOSTO MÊS DAS VOCAÇÕES

















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quinta-feira, 17 de julho de 2014

SACRAMENTOS: uma graça invisível, dada por Deus.


Para nos transmitir a graça, para nos fazer andar no caminho da salvação, Jesus instituiu sete cerimônias sagradas, que a Igreja chama de Sacramentos. São elas:




Sacramento é um sinal sensível, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para nos dar a graça santificante e as graças de cada Sacramento, e realizado durante uma cerimônia da Igreja Católica.

- sinal sensível – é o que pode ser percebido, é o que nós podemos ver, ouvir, cheirar, segurar, perceber o gosto. Todos os Sacramentos têm uma parte sensível porque podemos vê-los e ouvi-los. Por exemplo, quando vemos a água derramada na cabeça da criança, na Igreja, sabemos que se trata de um Batismo. Chamamos o sacramento de sinal porque esta parte visível indica que se realizou uma parte invisível:

- graça santificante e graça do Sacramento – é o que, no Sacramento, não pode ser percebido pelos sentidos. É a sua parte invisível, espiritual, é a parte mais importante. É a presença de Deus na nossa alma: sua presença santificante e sua ajuda especial ligada a cada Sacramento. Não se pode ver que uma alma fica limpa do pecado original, mas nós sabemos que aquele sinal sensível que nós vemos (a água e as palavras do Batismo) mostra que a alma ficou limpa do pecado original (graça do Batismo).
Na Crisma, a unção do óleo (sensível) representa a força da Fé, seu aperfeiçoamento (a graça invisível), mas é essa unção que realiza esse fortalecimento da Fé.

- O sacramento realiza aquilo que ele significa. Esta é a mais impressionante característica dos sacramentos. Eles são cerimônias eficazes, eles conferem a graça pela força própria que eles têm. Não é um sinal que dependa da nossa convicção, da nossa fé, como acontece com a água benta e os demais sacramentais. 
É um sinal que realiza que faz aquilo que ele exprime. 

Se o rito do batismo é sinal da alma limpa do pecado original, nós sabemos com certeza de fé que, de fato, a alma batizada foi limpa do pecado original. Que a alma crismada tornou-se Soldado de Cristo, que a alma que morreu recebendo a extrema-unção foi para o juízo final preparada pela Igreja, que os nossos pecados foram verdadeiramente perdoados. E assim para todos os sacramentos.

Assim, todos os Sacramentos, com uma cerimônia percebida pelos sentidos, significam uma graça invisível, dada por Deus.
Mas de onde vem esse poder dos Sacramentos, de dar a graça?
Eles têm essa força porque foi Jesus Cristo quem os instituiu. Jesus realizou cada um deles pela primeira vez e deu aos Apóstolos o poder de continuar a realizá-los.
Devemos respeitar os Sacramentos, a graça e o poder de Jesus Cristo que está neles, e recebê-los sempre dignamente. 

Na Missa, na Comunhão, na Confissão e em todas as cerimônias na Igreja, devemos ficar sérios, compenetrados, sem brincadeiras. Dentro da Igreja, andar devagar, mãos postas, em sinal de oração, bem vestidos por respeito às coisas sagradas que vivemos naqueles momentos.
A parte sensível dos Sacramentos se divide em duas:
a matéria e a forma.
Cada Sacramento tem uma matéria: é aquilo que vemos a matéria usada pelo ministro.
Cada Sacramento tem uma forma: é a frase dita pelo ministro na realização do Sacramento.
A parte invisível dos Sacramentos é a graça sacramental.
Vamos estudar, para cada Sacramento, a matéria, a forma e a graça sacramental.

Matéria, Forma e Graça Sacramental dos 7 Sacramentos

BATISMO:
Matéria – água
Forma – “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Apaga o pecado original – nos torna filhos de Deus – é o nascimento espiritual.

CRISMA
Matéria – o óleo sagrado chamado Santo Crisma.
Forma – “Eu te marco com o Sinal da Cruz e te Confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Nos confirma na Fé, nos torna Soldados de Cristo – é o crescimento espiritual.


EUCARISTIA:
Matéria - O pão e o vinho consagrados na Santa Missa.
Forma - "Isto é o meu Corpo" - para a consagração do pão; "Este é o cálice do meu sangue, do sangue da nova e eterna aliança, mistério da Fé, que será derramado para vós e para muitos para o perdão dos pecados" -, para a consagração do vinho.
Graça - É a presença do próprio Jesus Cristo na nossa alma, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade - é o alimento espiritual.


CONFISSÃO:
Matéria - Os pecados confessados diante do Padre.
Forma - "Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém."
Graça - O perdão dos pecados - devolve a graça santificante - é o remédio espiritual.

EXTREMA UNÇÃO:
Matéria - O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos.
Forma - "Por esta santa unção, que o Senhor te perdoe todos os pecados que fizeste pela... (a unção é feita nos olhos, boca, ouvido, nariz, mãos e pés)."
Graça - Prepara nossa alma para ir para o Céu - apaga os pecados veniais, as imperfeições e até pecados mortais - reanima o corpo doente.
 


ORDEM:
Matéria - A imposição das mãos pelo Bispo.
Forma - A oração consecratória na ordenação sacerdotal.
Graça - Dá ao Padre o poder de celebrar a Missa e outros Sacramentos.




MATRIMÔNIO:
Matéria - O contrato entre os noivos.
Forma - A aceitação pública do contrato - o "sim". 
Graça - Capacidade de ter e educar os filhos, viverem juntos em harmonia, e buscando a vida eterna.



Peçamos ao Espírito Santo o dom de Piedade, para receber sempre dignamente os Sacramentos. 





http://osegredodorosario.blogspot.com.br/2013/04/aprendendo-o-catecismo-dos-sacramentos.html

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A FAMÍLIA É A NOSSA PRIMEIRA E CONSTANTE ESCOLA

Somos frutos de uma família.

Não só os pais, mas toda a família é responsável pela educação dos filhos.O Catecismo diz que:

“Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos. Dão testemunho desta responsabilidade em primeiro lugar pela criação de um lar onde a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade o serviço desinteressado são a regra. 
O lar é um lugar apropriado para a educação nas virtudes. Esta requer a aprendizagem da abnegação, de um reto juízo, do domínio de si, condições de toda liberdade verdadeira. Os pais ensinarão os filhos a subordinar as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais” (Cat. §2223, CA, 36).
O “conteúdo” da educação deve ser o da ternura, perdão, respeito, fidelidade, serviço, abnegação, reto juízo, domínio de si, fé. É evidente que para transmitir esses valores aos filhos, os pais precisam antes vivê-los. Acima de tudo é pelo bom exemplo dos pais que os filhos serão formados.
Outra necessidade vital para a família é que esta seja unida. Sempre que possível, saírem todos juntos nas viagens de férias e nos passeios. São oportunidades de ouro para educar os filhos. Infelizmente certos pais preferem viajar para longe, sozinhos, ao invés de ir para lugares mais próximos com toda a família.

Temos que nos convencer de uma verdade: não há alegria maior, mais autêntica e mais durável do que aquela que a família nos dá. Pear Bach dizia que “muitas pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto aguardam a grande felicidade”. É preciso saber colher as pequenas alegrias no lar.

O jornalista da Folha de São Paulo, Gilberto Dimenstein, quando residia nos Estados Unidos, escreveu em 21/09/97, um interessante artigo intitulado "Solução Caseira é Melhor Remédio Contra o Vício", sobre a terrível questão das drogas. Diz ele:
“Para dar apenas um número da gravidade do problema: aqui (EUA) todos os anos 110 mil jovens experimentam heroína. Já são 600 mil viciados em heroína…’’.
O jornalista conclui:
“Das entrevistas sai, porém, a indicação de que o melhor remédio contra o vício está em casa. Os pesquisadores encontraram uma íntima relação entre o contato afetivo dos filhos com os pais e os distúrbios. Quanto maior a ligação emocional na família, menor a chance de envolvimento com drogas, bebidas, suicídio, sexo promíscuo e violência.
...as gangues procuram de certa forma oferecer aos jovens a família que não tiveram:
O charme das gangues é justamente oferecer um ambiente de aceitação e até hierarquia. Ou seja, uma família.”
Também a escola aparece com papel fundamental:
“A investigação mostra que o envolvimento emocional com os professores também é um antídoto contra a delinquência”.
Em 21/06/98, o mesmo jornalista, no artigo “Você sabe a data do seu nascimento?”, sobre os meninos de rua, afirma:
“A culpa por estarem na rua é da pobreza, certo? Errado! 

A investigação ajuda a desfazer o mito de que só a pobreza gera crianças de rua – e de que pobreza gera violência, na verdade, é um preconceito. Apenas uma minoria saiu de casa para ganhar dinheiro, algo que tinha percebido (mas não colocado em números), desde o início de minhas pesquisas em 1989.
Quando indagada sobre porque saiu de casa, a imensa maioria se refere aos desentendimentos familiares – muitas vezes abusos dos padrastos. Foram para a rua porque não suportavam o inferno doméstico, marcado pelo abuso sexual, alcoolismo, drogas e pancadarias…Ou seja, a motivação econômica estava bastante distante.”
“Há toneladas de estudos mostrando que o inferno familiar ajuda a jogar os jovens em comportamentos autodestrutivos, o que significa drogas, tentativa de suicídio, violência.” (Folha de São Paulo, Cotidiano, 3-7, 21/06/98).
Se o jovem não tem um lar acolhedor, com regras e limites baseados no respeito então, acaba indo buscar na rua o carinho e o amor que não encontrou na própria casa. Se você não sentar o seu filho no seu colo, ele vai sentar no colo de quem você não quer, o traficante, a prostituta…
É necessário descer até as raízes do problema, que são os pais e a moral familiar destruída: divórcio, amor livre, uniões ilícitas, alcoolismo, drogas, etc. 
O Catecismo afirma que:


“O lar é assim a primeira escola de vida cristã e uma escola de enriquecimento humano (GS,52 § 1). É daí que se aprende a fadiga e a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e mesmo reiterado, e sobretudo o culto divino pela oração e oferenda de sua vida” (CIC, 1657).

Fica claro, portanto, que a educação dos filhos, é obra da família, e por isso, sem uma família sólida na fé, a educação dos filhos poderá ficar comprometida. 
Portanto, a primeira preocupação dos pais deve ser criar um lar cristão, onde não haja lugar para valores não- cristãos.


Adaptado de:
Prof. Felipe Aquino-Posted: 06 Jul 2014 08:01 PM PDT